De uns tempos pra cá, talvez por falta de referência, os narradores de esportes na TV começaram a berrar, palavra que não tenho a minima paciência com tanta gritaria, mas é preciso explicar , conscientizar, que a emoção não necessita de gritos. Fato igual se tinha nos bons tempos do FM, os locutores mais novos querendo transmitir alegria no anúncio das músicas gritavam, mas os DJs americanos que inspiraram as primeiras gerações de comunicadores da frequência modulada no Brasil não berravam, eram vozes bem colocadas e a rapidez era o grande pulo do gato, e isso desde sempre eu entendi e colocava em prática. Voltando aos narradores de futebol atuais, precisavam procurar nos arquivos e ouvir com insistência um Luiz Noriega, Walter Abrahao, mesmo um Luciano do Valle, profissionais que dificilmente forçavam seus atributos naturais e estragavam seus belos timbres berrando como feirantes na xepa. Silence is Golden já dizia o refrão daquele flash Back famoso, não precisa chegar a tanto , mas que um pouco mais de respeito aos ouvidos de quem se aventura a ver futebol na TV é altamente recomendável.
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Walter Abrahão recebendo o troféu Imprensa