Missão quase impossível é encontrar no dial e de qualquer cidade do país, uma emissora musical de rádio que atenda as necessidades básicas de quem ainda tem bom gosto, o que se ouve é de péssima qualidade, e os grandes músicos e compositores parece que ante a mediocridade reinante se calaram, onde está a nova do Djavan, ou a mais recente do Chico Buarque?
Mas sempre existiram duvidas se o sucesso era imposto ao público, num tsunami massacrante de execuções, já é de conhecimento geral que tempos atrás existia o "Jabá", uma verbinha destinada a algumas rádios para executarem com mais assiduidade certas músicas , uma forcinha a mais pra decolar.
E os presidentes também atraem sua trilha sonora, fazendo um rápido retrospecto do fundo musical que cada governo do pais teve, coincidentemente começou a ficar bem pior na gestão Collor.
Governo JK- Lançamento da Bossa Nova, movimento musical mais importante do pais (1957)
Governo Figueiredo -Último dos militares no poder, adaptamos a era Disco, nos EUA começou em 1975, aqui dois anos depois com o filme do John Travolta"Embalos de sábado a noite" e o boom em 78/79, lá com Roberta Kelly, Dianna Ross e Bee Gees lotando as pistas, aqui com Lady Zú, Dudu França e Ronaldo Resedá, não fizemos tão feio assim.
Governo Sarney- A lambada virou o Hit nacional, tocou até em abertura de novela "Rainha da Sucata"e o surgimento de grupos como Menudo, Dominó e Cia, era um prenúncio do pior que estaria por vir
Governo Collor- Ai morava o perigo e até musicalmente, as duplinhas sertanejas que até então tocavam só nas madrugadas das emissoras de rádio AM (pelo menos em SP) , jamais em tempo algum toquei isso no FM, começaram a alçar um voo inimaginável, impulsionados pelos "saraus" que a primeira dama promovia na granja do torto, viraram febre com suas letras estapafúrdias e melodias primárias
Governo Lula- Aí desandou a maionese, o ruim se juntou ao pior musicalmente falando e até se aprimoraram na nulidade, sertanejo universitário que nunca se forma, e o Axé, um derivado do samba mixado com coreografia de capoeira, e os grupos de pagode
O governo atual como continuação do anterior mantém as mesmas lamentáveis características musicais. Como perguntaria um velho mexicano num seriado desbotado "Quem poderá nos salvar?"
Até hoje não se sabe se foi uma Homenagem do Carlos Imperial ao Presidente Figueiredo ou tirou onda de leve, repare no refrão o som do trotar do cavalinho, Banda Black Rio:
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