terça-feira, 24 de junho de 2014

Celular, o mal necessário

@eduardo_thadeu


                                     Antes de chegar ao consumidor brasileiro, ele já se apresentava como um  grande vício , o Celular , em novela da Globo, uma personagem vinda do exterior aparecia em todas as cenas com o seu , mesmo não funcionando , era como se fosse um poodle, um animal de estimação. Ele chegou exclusivo , para bem poucos , me lembro que se pagava até para receber ligações e nessa época atingiu o ápice como símbolo de status  e ostentação, pessoas faziam questão de mostrar que tinham um celular, falavam alto nas ruas, nos shoppings.

                                     Sua queda como símbolo de riqueza  acabou se transformando em popularidade máxima, antes se comprava a linha que girava em torno de dois mil reais , e em  algumas promoções se ganhava o aparelho, os famosos tijolões , grandes , pesados e com antenas, as contas no final do mês eram bem salgadas,  não saiam por menos de setecentos reais.

                                   Com a criação do pré-pago e o crescente número de torres de transmissão, fazendo com que pegasse em todos os lugares e cidades ele se popularizou de uma forma rápida, quase instantânea , tanto  que vem sofrendo um aumento nos dígitos,   no início eram sete, já estamos no nove, lembro bem do meu primeiro número de celular 981.8352  , de analógico pulou pra digital , bons em uma emergência se tornaram um item obrigatório  para pais vigiarem filhos, mulheres "rastrearem" maridos, enfim acabou com o sossego de muita gente, mas é  bem difícil até  imaginar como seria a vida e o mundo sem ele.  
               

                                                               tijolão, celular ou uma arma?



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