Pra muita gente que só o conhece dos repetitivos especiais de fim de ano da Globo, e na verdade sempre achei esses programas um tremendo desperdício de tempo e dinheiro , pois era apenas reprisar o do ano anterior que ninguém notaria a diferença, Roberto foi a Xuxa de uma geração, qual o menino que não ganhou no natal o cinto do calhambeque ou não roubou o esguichador de água dos Fuscas da época pra fazer o famoso anel de "Brucutu"? Sempre dono daquele olhar triste e uma rebeldia mansa que não parecia ensaiada, mas a fase da alegria da meninada duraria pouco, em 1972 o maior ídolo da música brasileira entra numa outra fase, a do eterno romântico, a canção "Como vai você?" do falecido Antônio Marcos acaba sendo o ponto de partida , o start dessa nova página da carreira.
Com a mudança perdeu um público grande, mas ganhou um bem maior, as mamães e vovós dos mais novos que o abandonaram de vez , parecia ser para os críticos uma "menopausa precoce". Assumidamente com TOC , o transtorno obsessivo compulsivo dizia a lenda que não admitia ninguém com marrom ou preto em seus programas ou apresentações , adotou o azul bebê e o branco como suas cores preferidas e usuais, e nunca mais cantou um de seus maiores sucessos "Quero que vá tudo pro inferno" , e nunca deu explicações disso, mas como o mundo dá voltas pode ser que em um dos próximos especiais de fim de ano, ele entoe em alto e bom som a velha canção, que em 2015 completa 50 anos, trazendo assim finalmente um ar de inédito ao seu programa natalino.
Apareceu recentemente com grande intensidade na mídia, na polêmica das biografias autorizadas ou rastreadas bem de perto como é o seu desejo, e agora um novo Roberto surge, dessa vez vendendo carne e é imediatamente bombardeado por criticas, as vovós que o seguem e o idolatram fatalmente farão questão de perguntar no mercado se é a carne do Rei, ou se estão sendo enganadas? Usando seu enorme carisma e simpatia contagiante tem todo o direito de anunciar o que bem entende ,e mandar o resto todo pro inferno, pois mesmo traindo uma geração que engatinhava na época do Iê-iê-iê , rebeldes de fraldas , será sempre o maior ídolo da música desse pais, e terá espaço garantido no coração de cada um, mesmo errando, podia ter pelo menos provado aquela carne de aparência tão apetitosa no prato.
Vi a critica totalmente infundada do Rafinha Bastos sobre o desempenho do Rei no comercial da Friboi, cheguei a defende-lo no recente caso com a "cantora" e a piadinha bem antiga e mal interpretada "comia ela e o bebê"mas nessa ele foi totalmente infeliz , até o telespectador mais desavisado percebe que em momento algum Roberto procura pela câmera, ele fala olhando pro casal , especificamente o filho dele e a esposa, sentados a mesa, lembrando também que a peça publicitária como ele mesmo cita, teve direção e antes disso um roteirista , se foi pedido um clima alegre no final o mesmo foi feito e com bom desempenho de todos , pois estavam num restaurante e não em um velório, Rafinha carece de informação , talvez não saiba quem seja o Roberto e o que representa e representou pro pais, mas teve sorte mais uma vez e Shalom por isso, pois o youtube tirou esse ananás do ar .
O politicamente correto é muito chato , mas a burrice generalizada é tão danosa quanto.
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